sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

MAIS DOIS CASOS DE COVID19 EM NOSSA BASE


Banco Itaú, Agência Miracema

No último domingo dia 06/12, recebemos a denúncia de que um funcionário do Itaú de Miracema, teria testado positivo para COVID19. Partimos logo pela manhã em direção a agência, para conseguirmos chegar antes dos funcionários. Pois, haviam rumores de que o banco iria funcionar normalmente.

O Presidente do sindicato, Hudson Bretas. Junto com o Secretário Geral, Antônio Moreira, conseguiram chegar na agência antes dos funcionários. Com a presença do sindicato à porta da agência e depois de alguns contatos telefônicos, conseguimos que a agência fosse fechada. “Não entendemos o que se passa na cabeça de alguns gestores, em insistir na abertura de uma agência com um caso positivo de COVID19. Temos a obrigação de nos preocupar com os clientes e usuários e principalmente com os bancários que foram expostos a uma possível contaminação. Sempre que houver um caso como esse estaremos prontos para agir.” Comentou o Presidente do sindicato.

E hoje (11/12), após uma ligação recebida na quinta, dia 10. O Vice Presidente, Joanderson Gomes, foi averiguar um possível caso de COVID19, acompanhado pelo Diretor Bruno Karlley, no Bradesco de Bom Jesus do Itabapoana. E novamente constatou-se mais um caso na base. O Bradesco também insistia em abrir para o atendimento ao público. Mas, novamente, com a presença de um represente do sindicato e após alguns contatos, a diretoria do banco autorizou colocar os cartazes na porta, informando que a agência não abriria nesta data. “A presença do sindicato não era para ser um fator determinante para o fechamento ou não de uma agência. Pois, trata-se de uma situação de saúde pública e o banco tem responsabilidades. Sempre estaremos de prontidão para atender as demandas dos bancários. Fomos escolhidos para representa-los e assim faremos, todas as vezes que formos solicitados.” Complementou Joanderson Gomes.

E assim passamos mais uma semana. Muitos desistiram de se cuidar, muitos acham que é apenas uma gripezinha, outros ainda pensam que já está acabando. Só esqueceram de combinar tudo isso com o vírus. Vamos nos cuidar companheiros! A pandemia está longe de terminar. Vimos essa semana, notícias animadoras da Inglaterra que começou a vacinar sua população, o Instituto Butantã se programando para iniciar em São Paulo, a partir de 25 de janeiro. Porém mesmo que todos estejam vacinados, ainda teremos um período em que as medidas de prevenção, como a utilização do álcool em gel e distanciamento social, ainda deverão ser seguidas para acabar de vez com o vírus. Então companheiros, não é o momento de facilitar. Repito: Vamos nos cuidar!


sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Bancários do Bradesco avaliam em assembleia acordo de teletrabalho

 

O Sindicato está convocando Assembleia Extraordinária Específica com os bancários, sócios ou não, que prestam serviços para o Banco Bradesco, para Assembleia Extraordinária Específica a ser realizada no período das 16:00 horas do dia 11 de setembro de 2020 até às 16:00 horas do dia 12 de setembro de 2020, para apreciação e deliberação sobre o Acordo Coletivo de Trabalho sobre Teletrabalho a ser celebrado com o conglomerado do Banco Bradesco e ao qual outros bancos poderão aderir, com vigência de dois anos a partir da data da sua assinatura.

 Link do Vota Bem: https://bancarios.votabem.com.br/

ASSEMBLEIA

 

ESCLARECIMENTOS

 

Informamos que diante do Estado de Calamidade Pública conforme Decreto Legislativo nº 6 de 20/03/2020, da Nota Técnica Conjunta nº 06/2020 da Coordenadoria Geral de Relações do Trabalho do Ministério Público do Trabalho, do permissivo legal contido no inciso II do artigo 17 da Lei nº 14.020 de 06/07/2020 e, ainda, considerando o Ofício Circular nº 1919/2020 de 12/06/2020 da Subsecretaria de Relações do Trabalho do Ministério da Economia, as assembleias poderão ser realizadas de forma virtual por meio do sistema de consulta assemblear já disponibilizado pela CONTRAF.

Clique AQUI e veja a minuta de reivindicações na integra    

Bradesco é o primeiro banco a apresentar proposta do teletrabalho com reivindicações dos sindicatos e federações através do comando., o banco atenderá as principais reivindicações do movimento sindical:

·         Manutenção dos vales VA, VR, vale transporte.

·         Ajuda de custo para equipamentos.

·         Curso do teletrabalho.

·         Controle da jornada.

·         Privacidade

·         Treinamento dos gestores.

·         Avaliação das vítimas de violência doméstica.

"Mais um excelente instrumento conseguido em nosso acordo desse ano de muitas dificuldades, com o esforço do comando, federações e sindicatos tivemos mais essa conquista para os bancários. Parabéns a tod@s " Comentou Nilton Damião, Presidente a FETRAF RJ/ES e nosso representante junto ao Comando Nacional dos Bancários.

                       Nós do Sindicato, acompanhamos o entendimento do Comando Nacional, e orientamos pela aceitação da proposta. Entendemos que ainda temos muito a avançar. Iremos acompanhar todo o processo e estaremos propondo mudanças conforme ele estiver sendo implementado.

 

EDITAL DE CONVOCAÇÃO N°. 09/2020 ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA ESPECÍFICA


 

terça-feira, 1 de setembro de 2020

EDITAL DE CONVOCAÇÃO N°. 08/2020 - ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIA ESPECÍFICA

 


NOSSO MUITO OBRIGADO A CATEGORIA BANCÁRIA

 


Vivemos um momento diferenciado em nossa história. E não nos referimos apenas aos acontecimentos que envolvem a pandemia de Corona vírus. A política em todas as esferas, é responsável por esse panorama e tem mostrado a sua cara mais reacionária.

As perspectivas não eram boas para os bancários iniciarem sua campanha salarial. Mas, tínhamos um compromisso com a categoria e fomos à luta. Categorias com histórico de lutas de décadas, como petroleiros, correios, metalúrgicos e outros, estavam perdendo direitos e fechando acordos desfavoráveis aos trabalhadores que representam.

A pandemia nos forçou a buscar novas formas de nos unirmos, por isso, nossa campanha começou como o slogan: A Distância Não Nos Limita (#ADistanciaNaoNosLimita). As reuniões não podiam mais acontecer presencialmente. Então as vídeo conferências foram largamente utilizadas pelo movimento bancário. Plataformas como o ZOOM, Google Meet e o Vota Bem da Contraf, foram utilizados para manter a categoria unida e informada.  Assembleias foram realizadas, reuniões estratégicas aconteciam a todo momento. Abrimos mão de sábados e domingos para estarmos nos reunindo. O tempo que tivemos para aprender foi curto, mas, não impediu de nos adaptarmos as tecnologias existentes.


@s bancári@s entenderam que não podiam ficar de fora, e se adaptaram juntamente com o movimento sindical. O Twitter virou nossa “passeata virtual”. Os bancários tuitaram nossas hashtags, sempre que solicitávamos. Estivemos entre os assuntos mais comentados no Brasil em diversas ocasiões (#NaLutaPorAumentoReral, #NaLutaPeloEmprego, #NaLutaComVoce, #NaoMexaNaMinhaPLR, #ItauExplora, #BradescoExplora, #BBExplora, #CaixaExplora, #SantanderExplora, #BancosExploram, e outras). Mostramos que somos sim, “A CATEGORIA MAIS UNIDA DO BRASIL”.

Em meio a tantas dificuldades, vimos a categoria entender o fechamento dessa campanha como uma vitória. Gostaríamos que fosse melhor? Com Certeza! Mas, conduzimos uma campanha salarial em um quadro completamente desfavorável, onde a correlação de forças entre o capital e o trabalho, tem, em nossa categoria, seus representantes mais poderosos: “Os Banqueiros”. Nessa luta de Davi e Golias, nossas armas foram, a comunicação e a união.

Por isso companheiros, nosso Muito Obrigado a todos que deram sua resposta de forma FAVORÁVEL à aceitação da proposta apresentada. O momento não permite que possamos nos abraçar, nem mesmo dar um aperto de mão. Mas, a resposta da categoria na assembleia do dia 31 de agosto, demonstrou a unidade de nossa base sindical, a qual temos muito orgulho de conhecer a todos individualmente.

Estamos com saudades de visitar as agências como sempre fizemos antes da pandemia. Mas, tudo isso vai passar, e em breve voltaremos a nos reunir e pessoalmente.

 

Sindicato dos Bancários de Itaperuna e Região


sábado, 29 de agosto de 2020

CHAMADA PARA A NOSSA ASSEMBLEIA DELIBERATIVA DA CAMPANHA SALARIAL 2020

 


Atenção bancários e bancárias da base do Sindicato dos bancários de Itaperuna e Região. Diante dos avanços obtidos pela categoria, na mesa de negociação nesses últimos dias, estamos convocando os bancários de nossa base, sócios e não sócios a participarem da Assembleia Virtual, que dará continuidade a assembleia definida como permanente em 27/08/20. Como em 28/08/20 (sexta) não ficaram devidamente definidas as situações dos bancos públicos, realizaremos as deliberações no dia 31 de agosto (segunda feira).

 

Os bancários que já fizeram sua inscrição pelo formulário especifico e já foram incluídos no grupo de Whatsapp, criado com essa finalidade, NÃO PRECISAM FAZER NOVAMENTE A INSCRIÇÃO.

 

Agora, se você ainda não fez a sua inscrição, basta clicar AQUI  e faze-la.

 

A transmissão será iniciada em primeira chamada às 18:30hs e em segunda e última chamada às 19:00hs. As inscrições se encerrarão às 17:00hs do dia 31 de agosto (dia da assembleia) e somente após esse horário, o link para acessar a plataforma “Google Meet” será disponibilizada, no grupo de Whatsapp e/ou no e-mail cadastrado na inscrição.

 

No momento da deliberação, acerca da aceitação/rejeição da proposta, a mesa que conduzirá a assembleia disponibilizará o link para votação, com um prazo cronometrado de 5 minutos. Após esse tempo, será encerrada a participação e apresentado o resultado.

 

Contamos com o maior número possível de bancári@s, pois, uma categoria forte se faz com a participação de todos. 

 

 


sexta-feira, 28 de agosto de 2020

ASSEMBLEIA PERMANENTE - TEREMOS ASSEMBLEIA HOJE AS 18HS

 


AS INSCRIÇÕES PARA A ASSEMBLEIA, CONTINUAM SENDO OBRIGATÓRIAS E SENDO REALIZADAS PELO LINK:


quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Fenaban mantém reajuste zero e PLR rebaixada

 

Proposta dos bancos continua representando perda de direitos para os bancários. Sindicato rejeitou na mesa e convoca assembleia para esta quinta-feira 27


Clique na imagem ou no link para fazer sua inscrição
O link da inscrição para a assembleia: https://forms.gle/3GxdgWVSa55whoRx8


Na mesa de negociação desta terça-feira 25, a décima rodada da Campanha dos Bancários 2020, a Fenaban (federação dos bancos) manteve propostas que rebaixam os direitos da categoria. Propuseram reajuste zero por dois anos. Apresentaram uma terceira proposta para a PLR, mas ela continua rebaixada. Mais uma vez, o Sindicato rejeitou as propostas na mesa. Uma nova negociação ocorrerá nesta quarta-feira 26.

Por outro lado, os bancos voltaram atrás na redução da gratificação de função, mantendo como é hoje: 55%. Na mesa de sábado 22, a Fenaban já tinha voltado atrás de outra proposta ruim: a de retirada de 13ª cesta alimentação.

As propostas da Fenaban continuam representando perda de direitos para a categoria. Na PLR, eles melhoraram os valores individuais em relação à proposta de sábado, mas criaram uma trava no percentual do lucro a ser distribuído em 2020 e 2021 que torna essa terceira versão ainda pior do que as duas primeiras. Rejeitamos na mesa. A categoria está insatisfeita e não aceitará retrocessos.

Sindicatos em todo o país estão chamando assembleias virtuais para quinta-feira 27. A do Sindicato dos Bancários de Itaperuna e Região iniciará às 19h (veja link no edital). Esperamos que a Fenaban apresente proposta nas próximas mesas que possam ser apreciadas pelos trabalhadores na assembleia. Caso contrário, a Fenaban estará levando a categoria para a greve.

Nova proposta de PLR é ainda pior

Nesta terceira proposta de PLR, os bancos retornaram os valores da regra básica e da parcela adicional vigentes no acordo de 2019, mas mantiveram a redução da regra majorada de 2,2 salários para 2 salários e o percentual da distribuição do lucro da parcela adicional de 2,2% para 2%. Além disso, apresentaram uma regra nova que limita o percentual do lucro a ser distribuído em 2020 e 2021, ao mesmo percentual distribuído em 2019.

Como em 2019 os lucros dos bancos bateram recordes, os percentuais deste lucro distribuídos foram pequenos. Agora os bancos querem replicar esses percentuais pequenos, mas em cima de um lucro inferior, o que irá piorar ainda mais o valor que os bancários receberiam este ano. Pela primeira proposta da Fenaban, apresentada na mesa do dia 18 de agosto, os três maiores bancos privados distribuiriam em média 6,8% de seus lucros líquidos. Na segunda proposta, a da mesa de sábado 22, esse percentual aumentaria para 6,9%. Já na desta terça-feira, devido à inclusão deste limitador, o percentual distribuído seria de 6,2%, que foi o patamar de 2019.

Veja as diferenças para o salário médio da categoria:


Compare as 3 propostas da Fenaban


Reajuste zero não!

Reajuste zero por dois anos representa perdas nos salários da categoria. Vimos que reajuste zero para este ano significa uma perda de 2,65% nos salários. A perda seria maior após dois anos.

Ao invés de reajuste salarial, os bancos ofereceram abonos: de R$ 1.656,22 para este ano, e de R$ 2.232,75 em 2021. Abonos não compensam reajuste zero. Eles não são incorporados aos salários, portanto, não refletem em férias, 13º, FGTS ou outros direitos.

Os bancos, apesar da crise agravada pela pandemia, continuam lucrando. No primeiro semestre, o lucro dos quatro maiores – Itaú, Bradesco, Santander e Banco do Brasil – chegou a R$ 28,5 bilhões (Caixa ainda não divulgou seu balanço), o que não é nada desprezível, especialmente neste momento de pandemia e crise financeira pelo qual passa o país e o mundo.

Em 2019, os lucros somados dos cinco maiores alcançaram R$ 108 bilhões, um crescimento de mais de 30% em relação a 2018. E a economia já estava em crise. Não tem crise para os bancos. Por isso, não aceitamos uma proposta que prejudique os trabalhadores.

EM BREVE ESTAREMOS DISPONIBILIZANDO O LINK DA ASSEMBLEIA VIRTUAL

EDITAL DE CONVOCAÇÃO 07/2020 - ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

 



O link da inscrição para a assembleia: https://forms.gle/3GxdgWVSa55whoRx8

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Reunião de hoje cobra resposta da Fenaban para reivindicações d@s bancári@s

 Categoria já rejeitou redução de até 48% na PLR; ao meio-dia haverá tuitaço para pressionar os bancos



Será hoje, às 13h, a sexta reunião de negociação entre o Comando Nacional d@s Bancári@s e representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A categoria espera que venha uma resposta às reivindicações, apresentadas no final do mês passado. Na terça-feira (18), os bancos propuseram uma redução de até 48% na PLR, proposta prontamente rejeitada pelo Comando. Uma hora antes da reunião, ao meio-dia, haverá um tuitaço para reforçar a mobilização da categoria.

Com a primeira proposta de redução da PLR, os bancos sinalizaram pouca consideração com as reivindicações d@s bancários. A expectativa é que hoje a Fenaban responda às reivindicações de aumento real, regulamentação do teletrabalho, estabilidade no emprego e outros eixos de campanha.

Tuitaço

O tuitaço da categoria vai começar ao meio-dia. Participe e tuite as hashtags #NenhumDireitoAMenos e #NaoMexaNaPLR. Ao final da reunião, você saberá o resultado na reunião. Acompanhe as negociações pelas nossas redes sociais.

 

#NenhumDireitoAMenos

 

#NaoMexaNaPLR


Fonte: Contraf


quarta-feira, 19 de agosto de 2020

CEE/ Caixa defende Saúde Caixa para todos

 O modelo de custeio do plano de saúde dos empregados será a pauta da quarta reunião de negociação do ACT



A Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) volta a se reunir com a direção da Caixa Econômica Federal, às 10h, nesta quarta-feira (19), por videoconferência, para a quarta reunião de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Desta vez, a pauta será Saúde Caixa. Resultado de um longo processo de mobilização e luta dos empregados, o Saúde Caixa está sendo alvo de ataques da direção da Caixa e do Governo Federal. A reivindicação é pelo Saúde Caixa Para Todos com sustentabilidade.


Durante a negociação, os empregados devem participar do tuitaço com as hashtags #SaudeCaixaParaTodos #MexeuComACaixaMexeuComOBrasil #NaLutaComVocê. “A mobilização é fundamental para defender os direitos e os benefícios de saúde, principalmente neste momento de pandemia. O Saúde Caixa sustentável e para todos é fundamental para a sustentabilidade do nosso plano”, afirmou a coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt.


O Saúde Caixa é fruto de muita mobilização e se consolidou como direito dos trabalhadores da Caixa no Acordo Coletivo desde 2004. Os custos administrativos são bancados pela Caixa, que arca também com 70% dos custos de saúde. Os empregados arcam com os 30% restantes por meio de mensalidade (2% do salário) + 20% de coparticipação nos procedimentos, com teto de R$ 2.400 anuais. Uma consultoria contratada pela própria Caixa aponta que a participação do banco no custeio do plano de saúde dos trabalhadores será reduzida de 70% para 40,4%, em 2024. Por outro lado, 57% dos custos do Saúde Caixa se referem exclusivamente aos titulares, enquanto 28% são dos cônjuges e 13% por conta dos filhos, que na grande maioria estão nas faixas etárias mais baixas e com menores índices de utilização de serviços de saúde. O maior grupo etário no Saúde Caixa é justamente o dos usuários entre 0 e 18 anos, que reúne 60 mil indivíduos ou 21% do número total.


Além do aumento do valor médio do desconto do Saúde Caixa no contracheque dos trabalhadores, dos atuais R$ 423 para R$ 1600 em 2024, como prevê a consultoria contratada pela Caixa, outra medida que o banco quer implementar é a cobrança por dependente. A adoção da nova regra pode significar a saída de milhares de usuários do plano por não terem condições de pagar. A Caixa propõe a alteração mesmo diante do superávit de R$ 500 milhões acumulado até 2019, condição que demonstra a sustentabilidade do modelo de custeio atual.


A gestão da Caixa coloca a individualização da cobrança por dependente como condição para a inclusão dos novos contratados no Saúde Caixa, deixando claro que, se o novo modelo de cobrança não for aceito pelos empregados, continuará a discriminar os cerca de três mil contratados após 31/08/2018.


A Caixa alega seguir orientação do governo federal contidas na resolução CGPAR 23, que recomenda às estatais federais reduzir o investimento na assistência à saúde de seus empregados e aposentados. Com as medidas que já estão em curso, a participação do banco no custeio do plano de saúde sairá dos atuais 70% para 40,4%, em 2024, segundo as estimativas adotadas pelo próprio banco. Com isso, os usuários passarão a arcar com 59,6% no lugar dos 30% custeados desde 2004. Já em 2021, os usuários sentirão a diferença, quando a proporção do custeio chegar a 50,3% para os trabalhadores e 49,7% para a Caixa.

 

#SaudeCaixaParaTodos

 

#MexeuComACaixaMexeuComOBrasil

 

#NaLutaComVocê


Fontre: Contraf


terça-feira, 18 de agosto de 2020

Mesa de negociação com Caixa tem poucos avanços no tema igualdade de oportunidade e cláusulas sociais

Comissão dos Empregados cobrou mais participação nas ações desenvolvidas pela Caixa e avaliou como positivos os avanços nas áreas de jornada de trabalho e rodízio



Igualdade de oportunidade e cláusulas sociais foram os temas da terceira reunião da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) com a Caixa Econômica Federal, nesta segunda-feira (17), por videoconferência. No encontro, que faz parte da agenda da Campanha Nacional 2020, os representantes dos empregados cobraram menores taxas para os empréstimos, créditos, a continuação da isenção de tarifas, o respeito à jornada, manutenção da PLR Social e ações mais efetivas para as pessoas com deficiência (PcD). A CEE reforçou a pauta de manter as cláusulas sociais, e no que se aplicar, extensiva aos aposentados. A Caixa não trouxe propostas sobre o tema.

Segundo a Caixa, cerca de 44% dos empregados do banco público são mulheres, pouco mais de 37 mil trabalhadoras. Os representantes dos empregados destacaram a necessidade de as ações serem construídas em conjunto com o movimento sindical, que têm acesso direto ao que acontece com as bancárias no dia a dia. A Caixa apresentou as ações que tem feito para reduzir a desigualdade dentro da empresa, como o incentivo à liderança das mulheres e implementações de ações de combate à violência contra a mulher. A comissão dos trabalhadores reforçou que essas medidas tenham a participação do movimento sindical uma vez que é uma pauta de luta.

“As ações são muito importantes para nós mulheres. A reivindicação é que as mulheres possam ocupar todos os espaços. Reforçamos que seria importante a participação do movimento sindical nessa construção. Lembramos também que em governos passados é que esse assunto veio à tona. Também cobramos o canal de denúncias para as empregadas fruto do aditivo que a Caixa assinou junto à Contraf-CUT”, avaliou coordenadora da CEE/Caixa e secretária da Cultura da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fabiana Uehara Proscholdt.

Ainda no tema igualdade de oportunidades, a Comissão reforçou as demandas que estão na minuta para PcDs. De acordo com Fabiana, muitos trabalhadores ainda sofrem discriminação ou não tem todas as condições necessárias para desempenhar suas atividades nas áreas em que foram colocados. Atualmente, são 3.464 trabalhadores PcDs na Caixa, 1.800 deles contratados em 2019 graças à ação judicial das entidades que obrigou a contratação.

A Caixa apresentou dados do projeto Banco da Inclusão, que resultou ações como a adaptação da softwares e mapeamentos dos empregados PcDs, por exemplo. “A pauta que colocamos na minuta foi feita em cima da construção dos colegas. Se a Caixa tem projetos, faz a construção, isso não está chegando para os colegas PcDs. Há muitas reclamações de que não há equipe que faz acompanhamento, não existe debates sobre as necessidades dos trabalhadores e eles sentem muita discriminação no espaço em que foram colocados. A Caixa precisa fazer mais do que está fazendo hoje pelos colegas PcDs”, afirmou Fabiana. O banco reconheceu que precisa avançar nessa pauta em especial na comunicação chegar para todos os empregados.

Assuntos como racismo e homofobia foram deixados de lado pela Caixa. “Estamos em uma mesa de negociação e precisamos ser objetivos. Falta na apresentação de igualdade e oportunidade dois itens importantes: racismo e homofobia. Precisamos debater esses dois temas dentro da Caixa. A maioria dos clientes são negros e precisamos ter esse debate não apenas para dentro da empresa, mas para construir uma empatia desses companheiros com o enfrentamento ao racismo”, ressaltou Emanoel Souza de Jesus (FEEB-BA/SE).

A CEE destacou ainda a demora da Caixa ao aderir ao censo da diversidade, e que a adesão às respostas foi baixa. O banco não informou se houve comunicação para evitar a baixa adesão.

Metas

Outra cobrança importante feita pela Comissão foi que a Caixa deixe de cobrar as metas enquanto perdurar a pandemia. Mesmo com a contaminação crescente no país, a Caixa ainda está cobrando metas dos empregados. “Todos estão exaustos. Os trabalhadores precisam de respostas”, afirmou a coordenadora da Comissão.

Saúde Caixa e PLR

Uma nova reunião foi marcada para o dia 19/08 para tratar do Saúde Caixa. A demanda foi cobrada na última reunião. Outro item importante cobrado foi a manutenção da PLR Social nos moldes atuais.

A Caixa alegou dificuldades com a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) para manter a PLR no formato conquistado e mantido pelos empregados nos últimos anos. O banco afirmou que deve trabalhar para trazer propostas aos empregados sobre os dois temas.

Higienização

A Comissão voltou a cobrar a limpeza completa e efetiva das unidades em casos de contágio ou suspeita da Covid-19. A aplicação do protocolo não tem sido feita de forma homogênea em todas as unidades, o que mostra que a comunicação institucional da Caixa não chega às chefias.

Avanços das reivindicações

As negociações têm resultado em melhorias para os empregados. Para todos os avanços, a Caixa se comprometeu a comunicar amplamente para todos os empregados.

  • Jornada de trabalho: a Caixa atendeu nossa reivindicação e reduziu em uma hora o horário de atendimento das agências.
  • Rodízio: O rodízio está mantido e não há nenhuma diretriz para que acabe. O banco reconheceu que esse sistema é essencial para a proteção da saúde dos empregados. A Caixa também informou que os SEVs têm autonomia de realocar os empregados entre as unidades para garantir o rodízio, e serão orientados a atuar neste sentido.
  • Vigilantes e Recepcionistas: O contrato com os vigilantes foi ampliado. 2.270 vigilantes estão à disposição das unidades. Outras 373 recepcionistas estão também no quadro.

A Caixa respondeu que não pode intervir junto aos terceirizados, mas tem conversado com as empresas para que estas façam as devidas ações de proteção bem como o serviço permaneça sendo prestado.

Banco do Brasil traz mais propostas para retirada de direitos

 Banco está tocando a pauta do governo Bolsonaro, que quer rebaixar salários e reduzir direitos de todos os trabalhadores de empresas estatais



Depois de apresentar uma proposta para redução do período de avaliação para retirada de comissão de função, com o consequente rebaixamento de salários, na reunião desta segunda-feira (17) com a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), o banco trouxe mais quatro propostas que podem trazer prejuízos aos funcionários: a proibição da acumulação e venda dos cinco dias de folga a que o funcionário tem direito a cada ano; o fim do descanso de 10 minutos a cada hora para os funcionários do autoatendimento; o registro de ponto do intervalo de 30 minutos para almoço; e a implantação do ponto eletrônico para os funcionários do BB Seguridade, BBDTVM e outras subsidiárias do banco.


“O banco está nos trazendo a pauta do governo Bolsonaro, que quer rebaixar salários e reduzir direitos de todos os trabalhadores de empresas estatais, inclusive dos bancos públicos”, avaliou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Se nas cláusulas sociais está deste jeito, podemos esperar algo ainda pior das negociações das cláusulas econômicas, na mesa única de negociações com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos)”, completou.

Só a luta te garante

O coordenador na CEBB ressaltou a importância da mobilização e participação da categoria nas ações para pressionar os bancos. “Os bancários têm a consciência de que precisam participar das atividades para pressionar os bancos. O que eles talvez ainda não tenham se dado conta é que, neste ano, as atividades não são presenciais, não estão relacionadas ao fechamento de agências e departamentos. A luta vai ser toda por meio da atuação nas redes sociais”, ressaltou. “Os bancários precisam atuar, nem que seja por meio de um perfil secundário, para conseguirem manter seus direitos, seu emprego e sua renda”, disse.


Fukunaga disse que a CEBB vai se reunir, mais uma vez para avaliar as formas de mobilizar os funcionários para lutar contra as propostas que retiram direitos dos trabalhadores.


Bancários se reúnem com Fenaban hoje às 11h

 Categoria quer respostas dos bancos para reivindicações como aumento real e PLR


Será hoje, a partir das 11h, a reunião de negociação entre o Comando Nacional d@s Bancári@s e representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A categoria cobra dos bancos uma resposta às suas reivindicações, entre elas, a de aumento real, PLR, e defesa dos direitos conquistados. Uma hora antes do encontro, às 10h, haverá um tuitaço dos bancári@s para reforçar a pauta apresentada no final de julho à Fenaban. Vamos tuitar juntos #NaLutaPorAumentoReal.

Durante as seis rodadas de negociações, os representantes da Fenaban evitaram dar respostas claras às reivindicações, definidas em consulta feita junto à categoria e da qual participaram quase 30 mil trabalhadores. Fique ligado nas negociações! Acompanhe os resultados da reunião pelas nossas redes sociais.

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Hoje tem negociação das cláusulas sociais

 Antes da reunião com a Fenaban, categoria vai fazer tuitaço

 


Hoje haverá a quinta rodada de negociações entre o Comando Nacional d@s Bancári@s e representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A reunião, que começa às 16h, vai tratar das cláusulas sociais e outras reivindicações. Antes, às 14h, haverá um tuitaço da categoria para pressionar os bancos. Vamos tuitar juntos #NenhumDireitoAMenos.

As reivindicações da categoria foram definidas na 22ª Conferência Nacional dos Bancários, realizada nos dias 17 e 18 de julho, com base em consulta realizada com cerca de 30 mil bancári@s. No que se refere às cláusulas sociais, a questão mais frequente foi a manutenção dos direitos, com 79,7% das respostas. Defesa da saúde e melhores condições de trabalho vem em seguida, com 69,1%. Defesa do emprego obteve 21,7% e o combate ao assédio moral outros 8%.

Acompanhe as negociações em nossas redes sociais.

 

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Funcionários debatem sobre questões de saúde com o BB nesta 6ª feira (14)

Tema é uma das prioridades da Campanha Nacional dos Bancários 2020 devido à enorme incidência de doenças do trabalho na categoria



A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reunirá com o banco nesta sexta-feira (14), a partir das 10h, para debater sobre questões de saúde e condições de trabalho. A reunião faz parte das negociações sobre a pauta de reivindicações específicas da Campanha Nacional dos Bancários 2020, em busca da renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos funcionários. A reunião será realizada por videoconferência.

“O debate sobre saúde vai muito além das questões relacionadas à pandemia causada pelo novo coronavírus. Tem relação direta com o cotidiano de trabalho dos funcionários, que é extremamente adoecedor devido, principalmente, à cobrança de metas abusivas”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Também queremos debater sobre a inclusão na Caixa de Assistência (Cassi) dos funcionários que foram incorporados pelo BB após a compra de outros bancos. Todos trabalham no BB e estão sujeitos aos mesmos fatores que os levam ao adoecimento”, explicou a secretária de Juventude e representante da  Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nas negociações com o banco, Fernanda Lopes, ao lembrar que são oferecidos aos funcionários diferentes planos de saúde.

Dados de adoecimento

Um levantamento do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese), com dados da Previdência Social, comprova que a categoria bancária é uma das que mais adoece por conta do trabalho. Entre 2009 e 2013, houve um aumento de 40,4% no total de benefícios concedidos aos bancários, enquanto que para as demais categorias profissionais o crescimento foi de 26,2%.

Dados do INSS mostram que, de 2009 a 2018, mais da metade (56%) dos afastamentos de bancários foram reconhecidos como doença do trabalho, sendo as mais comuns: depressão, ansiedade, estresse e as LER/Dort. As doenças psicológicas foram progressivamente tornando-se prevalentes; de 2013 em diante, passaram a ser maiores que as Ler/Dort.

Segundo o Observatório de Saúde do Trabalhador, do Ministério Público do Trabalho, a incidência das doenças mentais e tendinites entre bancários é, no mínimo, de 3 a 4 vezes maior que a da maioria da população. O que demonstra que o fator trabalho é crucial para a incidência da doença na categoria.

Outro dado do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho que comprova a influência do ambiente e das relações de trabalho para o adoecimento da categoria é o que mostra que, entre 2012 e 2017, os bancos foram responsáveis por apenas 1% dos empregos criados no país, mas por 5% dos afastamentos por doença.


Itaú anuncia prorrogação de trabalho remoto até final de janeiro de 2021

Banco também irá reabrir 108 agências para diminuir o fluxo de pessoas nesses locais 


Em meio à Campanha Nacional 2020, na qual o Comando Nacional dos Bancários prioriza a valorização da vida, os bancários do Itaú têm duas vitórias a comemorar: extensão do home office até o final de janeiro 2021 e a reabertura de agências para diminuir o fluxo pessoas nos locais.

Em vídeo que circula nesta quarta-feira (12) pelos funcionários do Itaú, o presidente do banco, Candido Bracher, afirma que a volta do trabalho aos polos administrativos só acontecerá após o final de janeiro de 2021. Bracher revelou ainda que o banco tem estudado opções para definir como se dará esta volta, com prioridade para o trabalho remoto.

“Desde o inicio da pandemia nós defendemos que os bancários que cumprir suas funções remotamente, devem permanecer assim até que esta situação se resolva, para preservar suas vidas e das pessoas com quem convivem. Esperamos que os demais bancos sigam o exemplo e também atendam nossa reivindicação”, afirmou Juvandia Moreira, presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e uma das coordenadoras do Comando Nacional.

O Itaú anunciou ainda a reabertura de 108 agências para diminuir o fluxo de pessoas nesses locais. “Os bancários estão na linha de frente de atendimento e, por isso, colocam suas saúdes em risco. Com esta ampliação de locais de atendimento, os clientes terão mais opções de atendimento, o que deve diminuir as aglomerações e a possibilidade de contágio”, afirmou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados do Itaú (COE Itaú).

O banco informou também que vai fechar 23 agências. “Outra conquista fundamental foi a garantia de que todos os funcionários das agências fechadas serão realocadas. Ninguém será demitido”, finalizou o coordenador da COE.



Bancári@s negociam igualdade de oportunidades com Fenaban

 Negociação começa às 11h; às 10h tem tuitaço da categoria

 

  • Desigualdades da sociedade estão também presentes na categoria
  • Renda média das bancárias é 21,75% menor do que a dos colegas homens
  • Negros representam apenas 4,8% nos cargos de diretoria das instituições bancárias
  • Categoria tem programa de prevenção à prática de violência doméstica

A nova rodada de negociação desta quinta-feira (13) entre o Comando Nacional d@s Bancári@s e representantes da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) tem como tema a igualdade de oportunidades. A reunião começa às 11h e será precedida por um tuitaço, às 10h.  Vamos todos tuitar juntos #NaLutaPorIgualdade .

Todos sabem que o Brasil é um país desigual e o mesmo acontece em nossa categoria. @s bancári@s têm importantes lutas por igualdade e cabe destacar que a categoria já realizou Censo da Diversidade, que teve três edições, em 2009, 2014 e 2019. Esses censos mostraram a desigualdade nos bancos. Entre os grupos mais discriminados estão mulheres, negros, homossexuais e pessoas com deficiência (PCDs). Por isso, nessa negociação, @s bancários vão defender o fim da discriminação e a igualdade de oportunidades no ambiente de trabalho.

As desigualdades estão presentes na categoria. Dados do Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese) mostram que as mulheres representavam 48,8% da categoria bancária em 2018. No mesmo ano, a renda média das mulheres bancárias era 21,75% menor do que a dos colegas homens. No Censo da Diversidade de 2019, 68,8% da categoria eram brancos, 24,3% pardos, 28,2% negros e 2,8% amarelos. No Censo da Diversidade de 2014, os negros tinham remuneração média de 87,3% em relação à dos brancos. Apesar de serem maioria entre a população brasileira, os negros representam apenas 4,8% nos cargos de diretoria das instituições bancárias.

Preconceito

Pressões motivadas pelo preconceito estão presentes na categoria. A própria Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) tem pesquisas que mostram que a comunidade brasileira de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, transgêneros, queer, intersexo e assexuais (LGBTQIA+) representa quase 9% da população brasileira. Mesmo assim, 61% dos profissionais LGBTQIA+ não assumem sua orientação sexual ou a identidade de gênero. Os outros 49% restantes não a escondem, mas não falam abertamente do assunto no ambiente de trabalho para se integrar entre os colegas.

Conquistas

Este ano, já conseguimos algumas conquistas. Em março, o Comando Nacional d@s Bancári@s assinou com a Fenaban um aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria para a criação de um programa de prevenção à prática de violência doméstica e familiar contra bancárias, que também garante o apoio àquelas que forem vítimas. Pesquisas apontam que, no Brasil, mulheres vítimas de violência costumam se ausentar do trabalho, em média, por 18 dias.

Acompanhe as negociações da Campanha Nacional d@s Bancári@s pelas nossas redes sociais.

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

Bancári@s não aceitam retirada de direitos tentada pela Fenaban

Negociação desta terça-feira foi sobre saúde no trabalho com base em pesquisa na categoria

·         Categoria apresentou propostas para preservar vida durante a pandemia
·         Metas abusivas e pressão no ambiente de trabalho provocam doenças entre os bancári@s
·         Bancos querem retroceder conquistas que já existem na CCT
·         Comando Nacional d@s Bancári@s não aceitará retirada de direitos

O Comando Nacional d@s Bancári@s voltou a negociar nesta terça-feira (11) com os representantes da Federação nacional dos Bancos (Fenaban). O tema foi Saúde e Condições de Trabalho. Enquanto os representantes da categoria apresentaram propostas para enfrentar os problemas de saúde dos bancários, provocados pelas condições de trabalho, metas abusivas e a ameaça da pandemia, a Fenaban defendeu a retirada de direitos conquistados.

As propostas apresentadas pelo Comando foram baseadas em consulta nacional feita este ano com quase 30 mil bancári@s. Cansaço e fadiga produzidas por metas abusivas, cobranças excessivas, ansiedade, dores de cabeça e outros males têm se agravado ao logo do tempo entre @s bancári@s.

“Estamos preocupados, com o adoecimento da categoria. Não dá para falar desse tema sem falar da pandemia, da crise sanitária que não tem dia para acabar porque não tem uma vacina ainda”, afirmou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, coordenadora do Comando Nacional. Entre as propostas apresentadas está a de que bancári@s que coabitam com parentes de grupos de risco trabalhem em regime de home office (teletrabalho). Na reunião também foi proposto pelo Comando que os bancos realizem testes do covid para todos os funcionários que estão em trabalho presencial.

Doenças

As metas abusivas foram apresentadas pelos representantes da categoria como responsáveis por inúmeras doenças, conforme dados da consulta feita entre os trabalhadores. Mais da metade dos entrevistados sofriam de cansaço e fadiga constante, resultado da cobrança excessiva pelo cumprimento de metas. A maioria também padecia de crise de ansiedade.

Mesmo com o quadro de adoecimento da categoria, os representantes dos bancos se mostraram pouco dispostos a aceitar as propostas. Sobre o teletrabalho para bancários que convivem com parentes de grupos de risco, os representantes da Fenaban disseram preferir não criar uma regra padrão sobre a questão. “O pessoal do grupo de risco tem que ficar em casa. Se alguém convive com eles, essa pessoa não pode estar exposta. Queremos preservar a vida dos familiares dos bancári@s”, disse Juvandia na negociação.

Retirada de direitos

Os representantes dos bancos também apresentaram propostas que significam, na prática, a retirada de direitos da categoria bancária. Uma delas é reduzir de 120 para 90 dias o pagamento de benefício emergencial de salário pelos bancos para os funcionários, enquanto o bancário recorre de alta indevida pelo INSS. Outro retrocesso proposto pela Fenaban foi a volta do rankeamento dos trabalhadores, com a divulgação dos “melhores” funcionários. A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) proíbe a divulgação de ranking por causar o constrangimento, assédio moral e pressão no ambiente de trabalho.

Outra clausula da CCT que a Fenaban quer mudar é a que regula a complementação salarial em caso de afastamento para tratamento quando o benefício seja menor que o salário. Até agora, o funcionário pode ter essa complementação por 24 meses. A proposta da Fenaban é de que passe a ter uma carência de 12 meses entre um afastamento e outro, para que seja pago a complementação (retornando ao trabalho). “Estávamos querendo apenas mudar a redação da cláusula 57 para adequar à nova realidade do INSS, para atualizá-la e eles vieram com esse ‘contrabando’. Eles querem se livrar dos doentes”, afirmou o diretor de Saúde do Trabalhador da Contraf-CUT, Mauro Salles.

Tentativa de mudanças

Para Juvandia Moreira, nas últimas campanhas salariais a Fenaban tenta piorar essas cláusulas. “Eles não estão olhando para a saúde dos bancári@s só vêem o custo. Querem retirar direitos das pessoas que estão doentes. A negociação não foi boa. A gente vai insistir que tenha teste para todos, proteger a família dos bancári@s que coabitam com grupo de risco” disse a presidenta da Contraf-CUT.

Outra preocupação do Comando foi com a suspensão dos exames periódicos em casos de afastamento por motivos de saúde ou por homologação.

Os representantes da Fenaban disseram que a suspensão é para evitar o contágio na pandemia. “Tem bancos chamando os bancários de volta ao trabalho presencial. Não tem problema de contaminação? Tenho vários colegas que estão sendo ameaçados por abandono de emprego porque não têm exame de retorno”, falou Mauro Salles.

Ao final, a negociação desta terça-feira mostrou que a categoria bancária precisa se unir para fortalecer a negociação com a Fenaban. “Não vamos aceitar retirada de direitos. Não tem cabimento isso, com pessoas que estão adoecidas. @s bancári@s não vão aceitar”, afirmou Juvandia.

 Fonte: Contraf