sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Descomissionamentos em massa no BB causam indignação entre os funcionários

Último dia de posses no TAO Especial resulta em perda de cargos e de até 70% nos salários


Acima a direita, O Secretário Geral da 
FETRAF RJ/ES representante da Comissão
de Empresa do Banco do Brasil, Sergio Farias,
na primeira audiência de mediação, no
Ministério Público do Trabalho realizada em
dezembro/16.
Na quarta-feira (1) os funcionários do BB viram se concretizarem as seríssimas consequências do processo de reestruturação feito pelo banco no final do ano passado. Foi o último dia de posses no TAO Especial-, sistema que foi criado para inscrições e seleção aos cargos que ficarem vagos em função de aposentadoria incentivada e para realocação dos funcionários que tiveram seus cargos extintos ou reduzidos, devido ao fechamento de centros de serviço e agências. O resultado foi desastroso, com centenas de casos de descomissionamentos, de reenquadramento como escriturários, em alguns casos, redução de até 70% do salário,  além de forte comoção entre o funcionalismo.
Como já havia sido denunciado, o plano de aposentadoria e as realocações não acomodariam todos os comissionados atingidos, uma vez que haviam funções extintas e haveriam desligamentos em locais que foram pouco atingidos pelo plano de reestruturação, que afetou mais de 9 mil funcionários. 
Muitos bancários se manifestaram nas redes sociais, indignados com os cortes abruptos nos salários e também pelo sofrimento imposto a eles próprios a aos colegas: São pais e mães de família que não terão como arcar com seus aluguéis, estudantes que não terão como pagar a faculdade. Um impacto terrível, o maior ataque em décadas ao funcionalismo do BB.
Será feita uma denúncia na segunda reunião com Ministério Público do Trabalho, marcada para a próxima terça-feira (7) em Brasília: O banco ficou de apresentar nesta reunião a conclusão sobre os números e os impactos da reestruturação, vamos denunciar o descomissionamento em massa e propor uma Ação Civil Pública para garantir os direitos de todos os que foram prejudicados.
Os departamentos jurídicos de sindicatos e federações estarão recebendo orientações sobre possíveis medidas para defender os trabalhadores afetados pelas realocações e pelos descomissionamentos. Os bancários do BB vão continuar mobilizados, não vão descansar um só segundo na defesa destes trabalhadores, que ajudaram a construir a grandeza do banco e recebem como paga um tratamento arbitrário e desrespeitoso.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Bradesco paga a PLR no dia 10 de fevereiro

O Bradesco acaba de informar que pagará a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) no dia 10 de fevereiro, sexta-feira da próxima semana. Conforme a convenção coletiva dos bancários, o banco deverá creditar o restante da regra básica e a parcela adicional. A parcela adicional será de R$4.346,69.

Lucro do Bradesco cai para R$ 15,08 bilhões em 2016

No quarto trimestre, frente ao terceiro, no entanto, os ganhos subiram 11%, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (2).


O Bradesco anunciou nesta quinta-feira (2) ter registrado lucro líquido contábil de R$ 3,592 bilhões no quarto trimestre de 2016 - uma alta de 11% em relação aos três meses anteriores. Frente ao mesmo período de 2015, os ganhos sofreram uma queda de 17,5%.
Em 2016, o lucro da instituição financeira diminuiu na comparação com o ano anterior, ao passar de R$ R$ 17,19 bilhões para R$ 15,08 bilhões: uma diferença de 12,3%.
As comparações anuais podem não permitir uma avaliação precisa do desempenho do grupo, dada a incorporação do HSBC pelo Bradesco no começo do segundo semestre de 2016.
O Índice de Inadimplência superior a 90 dias encerrou dezembro de 2016 em 5,5%, acima dos 4,1% em dezembro de 2015.
A carteira de crédito expandida do banco atingiu R$ 514,99 bilhões no final de dezembro, um aumento de 8,6% em relação ao saldo de dezembro de 2015. As operações com pessoas físicas totalizaram R$ 172,045 bilhões - um crescimento de 16,4% em relação a dezembro de 2015, enquanto as operações com pessoas jurídicas atingiram R$ 342,945 bilhões (alta de 5,1% em relação a dezembro de  2015).
A provisão para perdas esperadas com calotes deu um salto de 31,8% na medição com o último quarto de 2015, a R$ 5,525 bilhões, valor que no entanto representou recuo de 3,8% em relação ao trimestre imediatamente anterior.
Segundo o Bradesco, a melhora sequencial refletiu valores maiores de recuperação de crédito.
A margem financeira caiu 7,5% do terceiro para o quarto trimestre, a R$ 15,7 bilhões. Segundo banco, a queda foi impactada pelo efeito das perdas por ajuste do valor contábil de ativos financeiros, de R$ 1,264 bilhão.
Em contrapartida, o banco pagou R$ 1,16 bilhão em impostos de outubro a dezembro, queda de 47% ano a ano.
O Bradesco também teve um aumento anual de 14,4% das receitas com serviços e tarifas, a R$ 7,55 bilhões, número praticamente estável sobre o trimestre anterior.
O lucro do braço de seguros no período somou R$ 1,5 bilhão, estável na base sequencial e aumento de 7,1% sobre um ano antes. As provisões técnicas deram um salto de 25,6% na comparação anual, a R$ 223,3 milhões.
As despesas administrativas do Bradesco com pessoal de outubro a dezembro cresceram 2,1% na medição sequencial e 24,6% na anual, para R$ 10,48 bilhões, também refletindo aquisição das operações do HSBC.

Previsões

Após ter tido despesas de provisões para calotes de R$ 21,7 bilhões no ano passado, o Bradesco previu que em 2017 o montante para este fim será de R$ 21 bilhões a R$ 24 bilhões.
O banco também previu que o ano será fraco para crédito, período para o qual previu expansão de 1 a 5%. Além disso, diante do ciclo de queda da Selic, a estimativa para margem financeira com juros pró-forma foi fixada no intervalo de queda de 4% a 0%.
Por outro lado, a instituição previu para suas despesas operacionais em 2017 um intervalo que vai de queda de 1% até alta de 3%, também na base pró-forma.

Fonte: G1

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

Justiça do Trabalho acata pedido de entidades e suspende reajustes no Saúde Caixa

A decisão saiu na noite desta terça-feira, véspera da data em que os novos valores passariam a vigorar. Presidente da Fenae destaca vitória, mas lembra que mobilização precisa continuar

“É uma importante vitória dos empregados e das entidades representativas contra a intransigência e o desrespeito da direção da Caixa”. Foi assim que o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, recebeu a notícia da liminar judicial que suspendeu os reajustes no Saúde Caixa. A decisão do juiz Renato Vieira de Faria, da 22ª Vara do Trabalho de Brasília (DF), saiu na noite desta terça-feira (31) e atende ao pedido feito por Contraf-CUT, Fenae e sindicatos de bancários, em processo impetrado na última sexta-feira (27).

Na ação, as entidades argumentaram que os aumentos no plano de saúde afrontam o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2016-2018, que determina que mudanças desse tipo sejam negociadas no Conselho de Usuários e na mesa permanente, mediante apresentação de dados que apontem a necessidade. Em sua decisão, o magistrado concordou que “se identifica no ato emanado unilateralmente pela parte ré (Caixa) a contrariedade às cláusulas coletivas”.
Jair Pedro Ferreira reforça que o Saúde Caixa é atualmente superavitário, motivo pelo qual os reajustes são indevidos. “Diferente do que a direção do banco diz, inclusive em um e-mail enviado ontem pela Vice-presidência de Gestão de Pessoas, estudos feitos por uma empresa contratada pela própria Caixa mostram que os próximos anos serão de superávit. Essa história de resultado financeiro desfavorável a médio e longo prazo não se sustenta. Importante frisar que nossa mobilização precisa continuar”, afirma.
No cenário pessimista, segundo as projeções atuariais feita pela empresa contratada pela Caixa, serão cerca de R$ 36,6 milhões de superávit neste ano e R$ 13,8 milhões em 2018. No neutro, R$ 38,9 milhões e R$ 18,2 milhões, respectivamente. E no cenário positivo, o plano será superavitário nos três próximos anos: R$ 42,2 milhões em 2017, R$ 27,1 milhões em 2018 e R$ 13,4 milhões em 2019.
Na mensalidade, o que o banco propõe é um aumento de 2% para 3,46% da remuneração base. Já em relação à coparticipação das despesas assistenciais, o percentual passaria de 20% para 30%, e o valor limite de R$ 2.400 para R$ 4.200.
Dia de Luta
Nesta terça-feira, em todo o país, empregados da Caixa realizaram um Dia de Luta em Defesa do Saúde Caixa. No centro dos protestos, claro, o reajuste indevido nas mensalidades e na porcentagem e no teto da coparticipação. “Demos um recado claro de que queremos melhorias no plano de saúde, mas sem que sejamos sangrados pela direção do banco. Também queremos mais participação e transparência na gestão do Saúde Caixa”, afirma Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).
Segundo Dionísio, que também é diretor do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, um dos avanços necessários é o Conselho de Usuários se tornar deliberativo. “Hoje ele é apenas consultivo, e é evidente que a direção da Caixa deseja que assim ele permaneça. A vitória da Chapa 2 na eleição encerrada ontem nos dá esperança nesta luta, pois são pessoas comprometidas com essa e outras reivindicações da categoria”, observa.



Fonte: Fenae.